terça-feira, 28 de outubro de 2008

Vaslav Nijinski


Vaslav Nijinski nasceu em Kiev, Rússia, em 28 de outubro de 1890. Seu nome simboliza vôo, o impulso infinito. Descendente de família de bailarinos, com apenas 10 anos de idade, Nijinski, junto com centenas de outras crianças, apresentou-se a um júri composto por professores famosos para fazer os exames de ingresso na Escola Imperial de Bailado. Os testes iam desde a conformação física até a avaliação da rapidez de espírito.

Quando se apresentou para corpo de professores o comentário ouvido foi: "corpo perfeito! Músculos desenvolvidos acima da média! Corpo simétrico! Reações óticas e auditivas extraordinárias! E coordenação perfeita nos movimentos! Psicologicamente, são!". E Nijinski foi selecionado entre os 15 finalistas.

Sua família viveu com dificuldades. O seu pai passava longos perídos longe de casa a procura de trabalho e, quando conseguia algum, exercia as mais diversas funções. Quando a mãe, Eleonora Nijinski, Béréda, nome de solteira, vê o segundo filho passar para a Escola Imperial de Bailado , encara o fato com grande alívio, pois lá, após o segundo ano, todas as despesas do aluno ficariam a cargo da própria Escola.

Aos 15 anos de idade, Nijinski estréia em seu primeiro bailado fazendo um fauno em "Äcis et Galatée" e já foi logo sendo elogiado pela critica por sua extrema agilidade e elevações notáveis. Apesar de ter sido indicada a sua contratação para o Teatro Maria 2 anos antes do previsto, ele não aceita e, somente em 1908, estréia como segundo bailarino na Ópera de Mozart, Don Juan.

Conheceu Diaghilev que o levou para o conjunto dos Ballets Russes e a partir daí vira ídolo internacional. Vai para Paris, onde a dança masculina era totalmente desdenhada, mas o público vê nos passos de Nijinski um novo Vestris. Aplaudido em Cleópatra, Le Pavillon d'Ármide e le Festin, festeja um triunfo especial no papel romântico do poeta das Sílfides.

Em Carnaval, encarna um Arlequim; dança o drama Giselle e, mais dramático ainda, baila em Shéherazade.

O apogeu de sua carreira acontece ao lado de Karsavina em O espectro da rosa, de Petruska. Toma o lugar de Fokine quando este abandona a companhia, após a representação de Daphnis et Chloé.

Cria duas obras de espírito diferente, mas os bailarinos não concordam com seu gosto pelo interior, sua rigidez e flexões e o público não consegue acompanhá-lo. Casa-se com Romola de Pulska e Diaghilev se separa dele.

Durante o tempo que passou sob a proteção de Diaghilev, Nijinski não participava dos problemas e afazeres cotidianos. Com o casamento e a consequente separação de Diaghilev, é atirado dentro de um mundo que não conhecia, o mundo do dia-a-dia, com despesas, contas, casamento, vida doméstica e outras obrigações. Por tudo isso, o seu empreendimento na Inglaterra, o seu próximo projeto, vira um fracasso.

Após uma digressão aos EUA, briga definitivamente com Diaghilev e exige ser o único diretor artístico da companhia e é nessa época, que exibe seu último trabalho, sem êxito, Tyl Eulenspiegel. A Companhia dissolve-se sob sua direção. Em 1917, faz uma excursão à Espanha e à América do Sul.

Seu sistema nervoso começa a ameaçá-lo com mais frequência, levando-o a ter crises místicas e mania de perseguição. Nesse mesmo ano, interpreta pela última vez "O espectro da Rosa". Depois, foi morar definitivamente em St. Moritz, na Suíça. Foi novamente internado em crise nervosa que o perseguiria até seus últimos dias. Nijinski morreu no dia 11 de abril de 1950.

2 comentários:

*pansy parkinson:recuse imitações* disse...

Oi soool

feliz aniversário,viu??


seja feliz!Voce,amandita e sua famíliaa!


beijos


=*

rosanesydow disse...

Nijinski realmente foi um gênio na dança modernista, vale ressaltar que no balé "A TARDE DO FAUNO" baseado no prelúdio do compositor Claude Debussy, Nijinski chocou a platéia simulando uma cena se masturbando diante de uma ninfa o que causou escandalo e foi acusado por toda Paris de obscenidade, sendo defendido por artistas de renome como Auguste Rodin, Odilon.
Redon e Proust.Mesmo assis foi admirado e modelo para vários artistas do gênero por sua criação realista e vanguardista na dança.